Implanon no SUS: o que muda na saúde da mulher em 2025

Implanon no SUS: o que é, como funciona e por que representa um avanço histórico para a saúde da mulher

Entre promessas e lacunas do sistema público de saúde, a notícia é clara: o Implanon — um dos métodos contraceptivos mais modernos do mundo — agora faz parte da lista de opções oferecidas pelo SUS

Em um país onde 44 meninas se tornam mães a cada hora, segundo dados do próprio SUS, ampliar as possibilidades de escolha e oferecer métodos eficazes e de longa duração pode ter impacto direto na saúde pública e na autonomia reprodutiva.

Neste artigo, explicamos o que é o Implanon, por que sua incorporação ao SUS importa tanto e como ele pode transformar, de forma concreta, a vida de milhares de mulheres.

O que é o Implanon?

O Implanon é um pequeno bastão flexível, do tamanho de um fósforo, inserido sob a pele do braço e que libera lentamente o hormônio etonogestrel. Sua função? Impedir a ovulação e, com isso, prevenir a gravidez com altíssima eficácia. O efeito dura até três anos.

Diferente da pílula, que exige uso diário, ou do DIU, que pode gerar desconforto em algumas pacientes, o Implanon é discreto, prático e eficaz — ideal para quem busca segurança com o mínimo de intervenção no dia a dia.

Implanon agora está disponível no SUS: o que muda?

A partir do segundo semestre de 2025, o Implanon será oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de distribuir 500 mil implantes ainda este ano, com uma meta ambiciosa de 1,8 milhão até 2026.

O investimento público será de R$ 245 milhões, envolvendo capacitação de profissionais, atualização de protocolos e articulação com estados e municípios.

Esse mesmo implante, quando buscado na rede privada, pode custar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. A oferta pelo SUS elimina barreiras financeiras que, até hoje, restringiam o acesso a um método tão eficaz a uma minoria.

Por que essa medida é um avanço?

Porque ela expande as possibilidades reais de escolha para quem, até então, vivia entre poucas opções. Ao incorporar o Implanon, o SUS oferece um método moderno, duradouro e confiável — não apenas como solução médica, mas como ferramenta de equidade reprodutiva.

Essa mudança fortalece:

  • O acesso universal ao planejamento reprodutivo;
  • A autonomia da mulher sobre o próprio corpo;
  • O combate à gravidez não planejada, especialmente entre adolescentes;
  • O compromisso com os direitos sexuais e reprodutivos de populações vulneráveis.

Como acessar o Implanon pelo SUS

A distribuição será feita progressivamente, conforme estados e municípios se organizam para aplicar o implante com profissionais capacitados.

A paciente interessada deverá procurar uma unidade básica de saúde (UBS) e solicitar uma consulta com ginecologista ou equipe de planejamento familiar. Após avaliação clínica, será definida a indicação e o agendamento do procedimento. A previsão é que os primeiros atendimentos comecem ainda no segundo semestre de 2025.

A incorporação do Implanon pelo SUS é uma medida que amplia o acesso à contracepção segura e de longa duração. Embora não represente solução única, contribui para fortalecer o planejamento reprodutivo e garantir que mais mulheres possam contar com suporte adequado para suas escolhas. A saúde da mulher envolve muitas dimensões — e o acesso a métodos eficazes e acessíveis é uma delas.

No escritório Santos e Valdevez, temos o compromisso de levar informações confiáveis, atualizadas e juridicamente embasadas sobre temas que impactam diretamente a vida das pessoas.

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